Espinha na adolescência: causas, tipos e tratamentos eficazes
Espinha na adolescência: causas, tipos e tratamentos eficazes29 de setembro 2025
A adolescência é uma fase de grandes transformações, e, para muitos, isso inclui o surgimento da temida espinha na adolescência. Longe de ser apenas uma questão estética, a acne na adolescência pode afetar a autoestima e o bem-estar dos jovens. Mas não se preocupe: você não está sozinho nessa jornada e existem muitos caminhos para conquistar uma pele mais saudável e tranquila. Neste guia completo, vamos desvendar as causas por trás das espinhas, apresentar os diferentes tipos de acne juvenil e explorar as opções de tratamento para espinhas na adolescência, tudo com um olhar empático e acolhedor.
O que é acne na adolescência e por que ela aparece?
A acne é uma condição inflamatória da pele que ocorre quando os folículos pilosos ficam obstruídos por sebo (óleo natural da pele) e células mortas. Na adolescência, esse processo é intensificado por uma série de fatores, tornando a pele mais propensa ao surgimento de cravos e espinhas.
Fatores hormonais: os protagonistas
O principal gatilho para a espinha na adolescência são as alterações hormonais. Durante a puberdade, há um aumento na produção de hormônios andrógenos, tanto em meninos quanto em meninas. Esses hormônios estimulam as glândulas sebáceas a produzirem mais sebo. Quando há um excesso de sebo e células mortas na superfície da pele, os poros ficam obstruídos, criando um ambiente ideal para a proliferação da bactéria Cutibacterium acnes (anteriormente conhecida como Propionibacterium acnes), que contribui para a inflamação e a formação das lesões de acne.
Outros fatores que contribuem para a acne juvenil
Genética: Se seus pais tiveram acne na adolescência, é provável que você também tenha. A predisposição genética desempenha um papel significativo.
Estresse: Embora o estresse não cause acne diretamente, ele pode agravar a condição, estimulando a produção hormonal e inflamatória.
Alimentação: A relação entre alimentação e acne é complexa e ainda estudada. Alguns estudos sugerem que dietas com alto índice glicêmico (ricos em açúcares e carboidratos refinados) e consumo excessivo de laticínios podem, em algumas pessoas, influenciar o quadro de acne. No entanto, é importante ressaltar que a alimentação não é a única causa e sua influência varia de pessoa para pessoa.
Uso de produtos inadequados: Cosméticos oleosos ou maquiagens que não são “não comedogênicas” (que não obstruem os poros) podem piorar a acne.
Atrito e pressão: O uso constante de capacetes, bonés, faixas ou até mesmo o ato de apoiar o rosto nas mãos pode irritar a pele e agravar as lesões.
É um mito que a má higiene causa acne. Na verdade, lavar o rosto em excesso ou esfregar com força pode irritar a pele e piorar a inflamação. O segredo é uma limpeza suave e produtos adequados.
Quais são os tipos de acne mais comuns em adolescentes?
A acne pode se manifestar de diversas formas, e identificar o tipo é o primeiro passo para um tratamento para espinhas na adolescência eficaz. A gravidade da acne é geralmente classificada em graus, de leve a grave.
Tipos de lesões de acne:
Comedões: São as lesões mais básicas da acne.
Cravos abertos (pontos pretos): São folículos pilosos obstruídos que se abrem na superfície da pele. O topo escurece devido à oxidação do sebo e das células mortas, não por sujeira.
Cravos fechados (pontos brancos): Folículos pilosos obstruídos que permanecem fechados sob a pele. Eles aparecem como pequenas protuberâncias esbranquiçadas.
Pápulas: Pequenas protuberâncias vermelhas e sensíveis, sem pus, que surgem quando os folículos pilosos ficam inflamados.
Pústulas: Lesões semelhantes às pápulas, mas que contêm pus em sua ponta. São as famosas “espinhas com cabeça branca”.
Nódulos: Lesões maiores, sólidas e dolorosas que se desenvolvem profundamente sob a superfície da pele. Podem persistir por semanas ou meses e têm potencial para deixar cicatrizes.
Cistos: Lesões profundas, grandes, cheias de pus, que são bastante dolorosas e também podem causar cicatrizes significativas.
A acne em adolescentes pode apresentar uma combinação desses tipos de lesões, e é a intensidade e a presença de nódulos ou cistos que determinam a gravidade do quadro.
Tratamentos eficazes para espinhas na adolescência
Felizmente, existem muitas opções de tratamento para espinhas na adolescência que podem ajudar a controlar a acne e evitar cicatrizes. A escolha do melhor tratamento dependerá do tipo e da gravidade da acne, e deve ser sempre orientada por um dermatologista. O objetivo é reduzir a produção de sebo, combater a bactéria C. acnes, diminuir a inflamação e promover a renovação celular.
Cuidados básicos com a pele
A base de qualquer tratamento para acne juvenil começa com uma rotina de cuidados diários:
Limpeza de pele: Lave o rosto duas vezes ao dia com um sabonete ou gel de limpeza suave e específico para pele acneica. Evite esfregar com força.
Hidratação: Mesmo a pele oleosa precisa de hidratação. Escolha um hidratante leve, oil-free e não comedogênico.
Proteção solar: Muitos tratamentos para a acne tornam a pele mais sensível ao sol. Use um protetor solar facial oil-free diariamente, com FPS adequado.
Produtos não comedogênicos: Ao escolher maquiagens e outros cosméticos, procure sempre o rótulo “não comedogênico” ou “oil-free”.
Medicamentos tópicos (aplicados na pele)
Para acne leve a moderada, o dermatologista pode indicar:
Peróxido de benzoíla: Ajuda a matar as bactérias e a descamar a pele, desobstruindo os poros.
Ácido salicílico: Esfolia suavemente a pele, ajudando a desobstruir os poros.
Retinoides tópicos (tretinoína, adapaleno): Derivados da vitamina A, eles promovem a renovação celular e previnem a formação de cravos. Podem causar irritação inicial, mas são muito eficazes.
Antibióticos tópicos: Reduzem as bactérias e a inflamação.
Medicamentos orais (tomados pela boca)
Em casos de acne moderada a grave, ou quando os tratamentos tópicos não são suficientes, o médico pode prescrever:
Antibióticos orais (tetraciclinas): Usados por um período limitado para reduzir bactérias e inflamação generalizada.
Contraceptivos orais (para meninas): Alguns tipos de pílulas anticoncepcionais podem ajudar a regular os hormônios e reduzir a produção de sebo, sendo uma opção de remédios para espinha na adolescência em casos específicos.
Isotretinoína (Roacutan®): Um medicamento muito potente, reservado para casos de acne grave, acne nodular-cística ou acne que não responde a outros tratamentos. É extremamente eficaz, mas exige acompanhamento médico rigoroso devido aos seus potenciais efeitos colaterais.
Procedimentos dermatológicos
O dermatologista também pode realizar ou indicar procedimentos complementares:
Extração de comedões: Remoção profissional de cravos.
Peelings químicos: Aplicam-se soluções ácidas para esfoliar a pele, melhorar a textura e reduzir as lesões.
Laser e terapias de luz: Podem ser usados para reduzir bactérias, inflamação e até mesmo tratar cicatrizes de acne.
É fundamental que qualquer plano de tratamento para espinhas na adolescência seja individualizado e supervisionado por um dermatologista. A automedicação ou o uso de “remédios caseiros” sem orientação pode piorar o quadro e até causar manchas ou cicatrizes.
Cuidados diários para uma pele mais saudável
Além dos tratamentos específicos, adotar uma rotina de cuidados com a pele acneica adolescente é essencial para controlar a acne e prevenir novas lesões.
Mantenha a higiene, mas sem exageros: Lave o rosto duas vezes ao dia (manhã e noite) com um produto suave. Lave também após atividades que causam suor excessivo.
Evite espremer ou cutucar as espinhas: Essa é uma das dicas mais importantes! Espremer espinhas pode piorar a inflamação, espalhar bactérias e, o mais preocupante, levar à formação de manchas escuras e cicatrizes permanentes. Deixe que o tratamento aja e que as lesões cicatrizem naturalmente ou com a ajuda profissional.
Escolha produtos com sabedoria: Opte por maquiagens, protetores solares e hidratantes com a etiqueta “não comedogênico”, “oil-free” ou “para pele acneica”.
Mantenha o cabelo limpo: Cabelos oleosos podem transferir oleosidade para a testa e rosto, contribuindo para a espinha no rosto na adolescência. Lave os cabelos regularmente e evite que caiam sobre o rosto.
Cuidado com o que toca seu rosto: Troque fronhas de travesseiro com frequência, limpe a tela do celular e evite apoiar o rosto nas mãos.
Observe sua alimentação: Embora não seja a causa principal, para algumas pessoas, a redução de alimentos com alto índice glicêmico e laticínios pode complementar o tratamento. Observe se há alguma correlação entre o que você come e o surgimento das espinhas.
Gerencie o estresse: Atividades relaxantes, como exercícios físicos, meditação ou hobbies, podem ajudar a controlar o estresse, que, por sua vez, pode influenciar a condição da pele.
Esses hábitos, aliados ao tratamento médico, são a melhor estratégia de prevenção de acne em adolescentes e para manter a pele o mais saudável possível.
O impacto emocional das espinhas e como lidar com ele
A espinha na adolescência vai muito além da pele. A fase de descobertas e construção da identidade já é complexa, e a presença de lesões no rosto, costas ou peito pode ter um profundo impacto da acne na autoestima adolescente.
Como a acne pode afetar os adolescentes:
Baixa autoestima e insegurança: A aparência física é muito valorizada na adolescência. Espinhas podem fazer com que os jovens se sintam menos atraentes ou incomodados com a própria imagem.
Ansiedade social e isolamento: O medo do julgamento pode levar adolescentes a evitar eventos sociais, sair menos com os amigos ou até mesmo ter dificuldades em estabelecer novas relações.
Frustração e raiva: Lidar com a acne pode ser frustrante, especialmente quando o tratamento parece demorar a fazer efeito ou quando surgem novas espinhas.
Sintomas depressivos: Em casos mais graves, o impacto emocional da acne pode levar a quadros de tristeza persistente, perda de interesse em atividades e outros sinais de depressão.
Estratégias para lidar com o impacto emocional:
Lembre-se: você não está sozinho! A maioria dos adolescentes enfrenta a acne em algum grau. É uma fase temporária e superável.
Busque informação e tratamento: Conhecer a acne e saber que existem tratamentos eficazes pode trazer esperança e controle sobre a situação.
Converse sobre seus sentimentos: Compartilhe suas preocupações com pais, amigos, professores ou um psicólogo. Expressar o que sente é um passo importante para aliviar a carga emocional.
Foque em outras qualidades: Sua personalidade, talentos, inteligência e gentileza são muito mais importantes do que a sua pele. Cultive suas paixões e foque no que faz você se sentir bem consigo mesmo.
Pratique o autocuidado: Além dos cuidados com a pele, cuide da sua saúde mental. Tenha hobbies, faça exercícios, durma bem e alimente-se de forma equilibrada.
Considere apoio profissional: Se a acne estiver causando sofrimento psicológico intenso, um psicólogo ou psiquiatra pode oferecer suporte e estratégias de enfrentamento.
Lembre-se que buscar ajuda para a sua pele é também cuidar da sua saúde mental. Um dermatologista pode não apenas tratar as espinhas, mas também oferecer a confiança de que a melhora é possível.
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A acne, mesmo sendo comum, não deve ser subestimada. Há momentos em que a intervenção de um especialista é crucial para evitar complicações e garantir o melhor resultado.
Você deve procurar um dermatologista se:
A acne é persistente e não melhora: Se as espinhas não desaparecem com os cuidados básicos e produtos de venda livre após algumas semanas ou meses.
A acne é grave: Se você apresenta muitas pápulas, pústulas, nódulos ou cistos grandes, dolorosos e inflamados.
Há risco de cicatrizes: A acne inflamatória e cística tem um alto potencial de deixar manchas escuras (hiperpigmentação pós-inflamatória) e cicatrizes permanentes na pele. Um tratamento precoce e eficaz pode preveni-las.
A acne causa sofrimento emocional: Se as espinhas estão afetando sua autoestima, causando ansiedade, tristeza ou fazendo você se isolar.
Espinhas surgem em idade atípica: Se a acne aparece em crianças muito pequenas ou persiste na idade adulta (acne da mulher adulta), pode ser um sinal de outras condições subjacentes.
Você está considerando remédios para espinha na adolescência que exigem receita: Como antibióticos orais ou isotretinoína, que requerem acompanhamento médico rigoroso.
Um dermatologista é o profissional mais indicado para avaliar o seu tipo de pele, o grau da sua acne e propor um plano de tratamento para espinhas na adolescência personalizado e seguro, que pode incluir desde orientações de cuidados com a pele acneica adolescente até medicamentos específicos e procedimentos. Não hesite em buscar essa ajuda.
Lidar com a espinha na adolescência pode ser um desafio, mas é importante saber que você tem opções e que a ajuda profissional pode fazer toda a diferença. Não deixe que a acne defina como você se sente consigo mesmo. Com o tratamento correto e os cuidados com a pele acneica adolescente adequados, é possível controlar as lesões e recuperar a confiança. Se você está enfrentando a acne e busca um caminho para uma pele mais saudável, converse com um especialista. Na Clínica SiM, você encontra dermatologistas experientes e preparados para oferecer um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado.Agende sua consultae dê o primeiro passo para uma pele livre de preocupações!