Vitiligo: O que é, Sintomas, Tipos e Tratamentos30 de setembro 2025
O vitiligo é uma condição de pele caracterizada pelo surgimento de manchas brancas em diferentes partes do corpo. Mais do que uma alteração estética, ele impacta a vida de milhões de pessoas. Compreender suas causas, sintomas e opções de tratamento é fundamental para quem busca informação e bem-estar.
Acompanhe este guia completo para se sentir acolhido e bem informado sobre como gerenciar essa condição.
O que é Vitiligo e por que ele acontece?
O vitiligo é uma doença de pele crônica, autoimune e não contagiosa. Ela provoca a perda da coloração em determinadas áreas da pele, cabelo e mucosas. Isso ocorre porque os melanócitos, células que produzem melanina (o pigmento da pele), são destruídos ou deixam de funcionar.
As causas são complexas e envolvem uma combinação de fatores:
Fatores genéticos: Existe uma predisposição genética. Cerca de 30% dos pacientes têm algum parente com a condição, embora isso não seja uma regra.
Fatores autoimunes: Esta é a principal linha de pesquisa. O sistema imunológico ataca e destrói os próprios melanócitos. A condição pode estar associada a outras doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto e diabetes tipo 1.
Fatores ambientais e estresse oxidativo: Eventos como estresse emocional intenso, queimaduras solares severas ou traumas na pele (fenômeno de Koebner) podem desencadear ou agravar o vitiligo em pessoas predispostas.
É importante ressaltar que o vitiligo não é causado por má higiene ou alimentação. Conforme a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é uma condição interna e não há nada que a pessoa tenha “feito de errado” para causá-lo.
Vitiligo tem cura?
Uma das perguntas mais frequentes é: “vitiligo tem cura?”. Atualmente, o vitiligo é considerado uma condição crônica, ou seja, não há uma cura definitiva.
No entanto, é fundamental destacar que existem diversos tratamentos eficazes. Eles podem promover a repigmentação da pele na maioria dos casos, estabilizar a progressão da doença e melhorar significativamente a qualidade de vida. Com o acompanhamento de umdermatologista, é possível alcançar excelentes resultados.
Quais são os principais sintomas do vitiligo?
O principal e mais visível sintoma é o aparecimento de manchas brancas na pele. Essas manchas geralmente não causam dor, coceira ou desconforto.
Elas são mais comuns em áreas expostas ao sol (rosto, mãos, braços) e em dobras do corpo (axilas, virilhas).
Outras manifestações podem incluir:
Cabelos brancos (leucotriquia) nas áreas afetadas.
Perda de coloração nas mucosas (boca, genitais).
Perda de coloração na retina (raro e geralmente não afeta a visão).
Os tipos de vitiligo
A classificação do vitiligo ajuda o médico a definir o melhor plano de tratamento:
Vitiligo Não Segmentar (ou Generalizado): É o mais comum (90% dos casos). As manchas aparecem de forma simétrica (ambos os lados do corpo). Pode progredir ao longo do tempo.
Vitiligo Segmentar: Menos comum, afeta principalmente crianças. As manchas aparecem em apenas um lado do corpo, seguindo o trajeto de um nervo. Tende a ter um início rápido e depois estabilizar.
Vitiligo Misto: Combina características dos dois tipos.
Vitiligo Focal: Caracteriza-se por uma ou poucas manchas isoladas.
Como é feito o diagnóstico do Vitiligo?
O diagnóstico é feito por um dermatologista e baseia-se principalmente na avaliação clínica da pele.
Anamnese e exame clínico: O médico analisa o histórico de saúde do paciente e da família e faz um exame visual das manchas, que no vitiligo têm bordas bem definidas.
Lâmpada de Wood: Este instrumento usa luz ultravioleta (UV) para tornar as manchas de vitiligo mais evidentes, com um brilho azul-esbranquiçado característico.
Biópsia da pele (raramente): Usada apenas em casos atípicos para confirmar a ausência de melanócitos na amostra de pele.
Exames de sangue: Podem ser solicitados para investigar outras doenças autoimunes associadas (como problemas de tireoide).
Procurar um especialista ao notar qualquer mancha branca é crucial para um diagnóstico precoce, o que ajuda a controlar a progressão da doença.
Tratamentos para Vitiligo: Quais as opções disponíveis?
O tratamento é individualizado e visa estabilizar a doença e, sempre que possível, repigmentar as áreas afetadas. Conheça os principais:
1. Medicamentos tópicos
Aplicados diretamente na pele, são a primeira linha de tratamento para áreas menores.
Corticosteroides tópicos: Anti-inflamatórios que suprimem a resposta autoimune na pele. São usados com cautela devido a possíveis efeitos colaterais (como afinamento da pele) no uso prolongado.
Inibidores de calcineurina tópicos (tacrolimus e pimecrolimus): Modulam a resposta imune local e são considerados mais seguros para uso em longo prazo, especialmente em áreas delicadas como o rosto.
2. Fototerapia (UVA/UVB)
A fototerapia para vitiligo é um dos tratamentos mais eficazes, especialmente para casos generalizados. Consiste na exposição controlada da pele à luz ultravioleta, um procedimento que deve ser sempre indicado e acompanhado por um especialista.
Fototerapia UVB de banda estreita (UVB-nb): É a mais utilizada. Emite um comprimento de onda específico de luz UVB que estimula os melanócitos e modula a resposta imune. Exige sessões regulares (2 a 3 vezes por semana) por meses.
Fototerapia PUVA (Psoraleno + UVA): Combina um medicamento fotossensibilizante (psoraleno) com a exposição à luz UVA. É eficaz, mas menos utilizada hoje devido a maiores riscos de queimaduras e câncer de pele a longo prazo.
3. Medicamentos orais
Usados em casos de progressão rápida ou muito extensos.
Corticosteroides orais: Usados em pulsoterapia (doses altas por curtos períodos) para tentar interromper a progressão rápida da doença.
Imunossupressores orais (como ciclosporina): Diminuem a atividade do sistema imunológico em casos graves, mas exigem monitoramento rigoroso.
Inibidores da Janus Kinase (JAKi): Uma nova classe de medicamentos (tópicos ou orais) que bloqueiam as vias de inflamação. São promissores na repigmentação.
4. Tratamentos cirúrgicos
São opções para casos de vitiligo estável (sem novas manchas há pelo menos um ano).
Transplante de melanócitos (enxertia): Remove pequenos fragmentos de pele pigmentada saudável do próprio paciente e os transplanta para as manchas brancas.
Despigmentação: Em casos de vitiligo universal (quase todo o corpo afetado), pode-se optar por remover o pigmento restante, uniformizando o tom da pele para o branco. É um processo irreversível.
Lidando com o Vitiligo: Aspectos emocionais e qualidade de vida
O vitiligo pode ter um impacto profundo na vida emocional e social. As alterações visíveis podem afetar a autoestima, gerando ansiedade ou depressão.
Como conviver de forma plena:
Apoio psicológico: Um psicólogo ou terapeuta pode oferecer estratégias de enfrentamento e promover a aceitação.
Grupos de apoio: Conectar-se com outras pessoas que têm vitiligo reduz o isolamento e cria um senso de comunidade.
Cuidar do bem-estar geral: A saúde emocional está diretamente ligada à saúde física. Além do apoio terapêutico, focar em alimentos que auxiliam na redução da ansiedade pode ajudar a gerenciar os sintomas.
Proteção solar rigorosa: As áreas despigmentadas são extremamente sensíveis ao sol. O uso diário de protetor solar com alto FPS é indispensável para evitar queimaduras.
Maquiagem corretiva: Para quem deseja disfarçar as manchas, existem produtos de camuflagem específicos.
Educação e informação: Compartilhar informações verdadeiras ajuda a desmistificar a condição e combater o preconceito.
Clínica SiM Rio Mar – Recife
Local de atendimento: Av. República do Líbano, 251 – Acesso pelo elevador ao lado da C&A
Esclarecer informações incorretas é essencial para combater o preconceito.
Mito: Vitiligo é contagioso.
Verdade: Absolutamente não. Não há risco de contrair a doença pelo toque ou qualquer tipo de contato.
Mito: É causado por alimentação ou falta de higiene.
Verdade: Falso. As causas envolvem genética e fatores autoimunes.
Mito: Não existe tratamento para vitiligo.
Verdade: Grande mito. Embora não tenha cura definitiva, existem muitos tratamentos eficazes que podem repigmentar a pele e estabilizar a doença.
Mito: Pessoas com vitiligo não podem tomar sol.
Verdade: Podem, mas de forma controlada e protegida. A exposição solar leve pode até ser parte do tratamento (fototerapia). O importante é evitar queimaduras.
Mito: O vitiligo é sempre progressivo e incontrolável.
Verdade: A doença pode ser estabilizada e, em muitos casos, as manchas podem ser repigmentadas com o tratamento adequado.
Encontre o tratamento de vitiligo na Clínica SiM
Compreender o vitiligo é o primeiro passo para lidar com a condição de forma positiva. Se você identificou manchas brancas na pele ou tem dúvidas, não hesite.
É fundamental buscar a orientação de um especialista.Um dermatologistadaClínica SiM pode oferecer um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para o seu caso, além de ajudá-lo a conviver com o vitiligo de maneira saudável e confiante.
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