Psoríase: Sintomas, Tipos e Tratamentos para uma Pele Saudável29 de setembro 2025
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Neste guia completo, vamos explorar o que é a psoríase, seus diferentes tipos, como reconhecer os sintomas de psoríase e as diversas opções de tratamento para psoríase disponíveis. Nosso objetivo é oferecer informações claras, empáticas e acessíveis, ajudando você a entender melhor essa condição e a buscar o apoio necessário.

O que é Psoríase e por que ela afeta a pele?

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, de origem autoimune. Isso significa que, por razões ainda não totalmente compreendidas, o sistema imunológico do corpo ataca as próprias células da pele. Em pessoas com psoríase, as células da pele se multiplicam muito rapidamente, cerca de 10 vezes mais rápido do que o normal. Esse ciclo acelerado faz com que as células se acumulem na superfície da pele, formando as características lesões.

As causas da psoríase envolvem uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Se você tem histórico familiar de psoríase, suas chances de desenvolvê-la são maiores. Além da predisposição genética, existem gatilhos que podem desencadear ou piorar os surtos, como:

  • Estresse emocional: um dos maiores desencadeadores.
  • Infecções, especialmente as bacterianas (como amigdalite).
  • Lesões na pele (fenômeno de Koebner), como cortes, arranhões ou queimaduras solares.
  • Certos medicamentos (betabloqueadores, lítio, anti-inflamatórios não esteroides).
  • Consumo de álcool e tabagismo.
  • Climas frios e secos.

É importante ressaltar que a psoríase não é contagiosa. Você não pode pegá-la de outra pessoa por contato físico ou compartilhamento de objetos. As lesões são uma manifestação interna do corpo e não representam risco de transmissão.

Quais são os principais tipos de Psoríase?

A psoríase se manifesta de diferentes formas, e conhecer os tipos de psoríase é fundamental para entender a condição. Cada tipo apresenta características, sintomas e locais de ocorrência específicos:

Psoríase em Placas (ou Psoríase Vulgar)

É o tipo mais comum, afetando cerca de 80% dos pacientes. Caracteriza-se por placas avermelhadas e elevadas, cobertas por escamas prateadas. As áreas mais afetadas incluem cotovelos, joelhos, couro cabeludo, parte inferior das costas e unhas. As placas podem coçar bastante e, às vezes, doer.

Psoríase Gutata

Geralmente surge na infância ou adolescência, muitas vezes após uma infecção bacteriana, como amigdalite. Apresenta pequenas lesões em forma de gota, avermelhadas e escamosas, que aparecem no tronco, braços, pernas e couro cabeludo. Pode desaparecer por completo ou evoluir para a psoríase em placas.

Psoríase Invertida (ou Flexural)

Manifesta-se em dobras da pele, como axilas, virilha, região genital e embaixo dos seios. As lesões são avermelhadas, lisas e brilhantes, sem a presença de escamas devido à umidade nessas áreas. É comum que a coceira e a dor sejam intensas, e há maior risco de infecções fúngicas.

Psoríase Pustulosa

Um tipo mais raro e grave, caracterizado por pequenas bolhas cheias de pus (pústulas) que não são infecciosas. Pode ser localizada (palmas das mãos e solas dos pés) ou generalizada, acompanhada de febre, calafrios e fadiga. Nesses casos, a internação hospitalar pode ser necessária.

Psoríase Eritrodérmica

É a forma mais grave e menos comum, cobrindo quase toda a superfície do corpo com vermelhidão intensa, inchaço e descamação. Pode causar coceira e dor excruciantes, além de desidratação e alterações na temperatura corporal. Requer atenção médica imediata, pois pode levar a complicações sérias.

Psoríase Ungueal (Psoríase nas Unhas)

Afeta as unhas das mãos e dos pés, causando alterações como descoloração (pontos amarelados ou acastanhados, conhecidos como “manchas de óleo”), espessamento, descolamento da unha do leito ungueal (onicólise), depressões puntiformes (pequenos furos) e acúmulo de queratina sob a unha. Pode ser bastante dolorosa e dificultar atividades diárias.

Artrite Psoriática

Não é um tipo de psoríase da pele, mas uma condição inflamatória que afeta as articulações em pessoas com psoríase (cerca de 30% dos pacientes). Pode causar dor, inchaço, rigidez e perda de função nas articulações, além de fadiga. Pode se manifestar antes, durante ou depois do aparecimento das lesões de pele. O diagnóstico e tratamento precoces são cruciais para evitar danos permanentes às articulações.

Psoríase: Sintomas e como reconhecer a condição

Os sintomas de psoríase variam conforme o tipo e a gravidade da doença, mas algumas características são comuns:

  • Manchas vermelhas na pele: geralmente elevadas e bem definidas.
  • Escamas prateadas ou esbranquiçadas: cobrindo as manchas vermelhas.
  • Pele seca e rachada: que pode sangrar.
  • Coceira intensa: um dos sintomas mais incômodos, que pode levar a mais irritação e lesões.
  • Dor ou sensibilidade: nas áreas afetadas.
  • Unhas grossas, descoloridas ou picotadas: características da psoríase nas unhas.
  • Articulações inchadas e rígidas: no caso da artrite psoriática.

A localização dos sintomas também pode variar. A psoríase no couro cabeludo, por exemplo, manifesta-se com escamas prateadas, vermelhidão e coceira intensa que podem ser confundidas com caspa severa. Já a psoríase nas dobras da pele, como mencionado, não costuma ter escamas. Observar onde e como as lesões aparecem pode ajudar na identificação inicial, mas o diagnóstico definitivo deve sempre ser feito por um especialista.

Quando procurar um dermatologista?

Se você notar manchas vermelhas, escamas, coceira persistente ou qualquer alteração na pele, unhas ou articulações que não melhora com cuidados básicos, é fundamental procurar um dermatologista. Um diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento para psoríase adequado e evitar a progressão e o desconforto da doença. Não tente se autodiagnosticar ou se automedicar, pois isso pode mascarar os sintomas ou piorar a condição.

Opções de tratamento para Psoríase: alivie e controle os sintomas

Embora a psoríase tem cura não seja uma realidade, existem diversas opções de tratamento para psoríase altamente eficazes para controlar os sintomas, reduzir a inflamação e melhorar significativamente a qualidade de vida. O plano de tratamento é sempre individualizado, levando em conta o tipo e a gravidade da doença, as áreas afetadas, a idade do paciente e seu histórico de saúde.

Tratamentos Tópicos

São a primeira linha de tratamento para casos leves a moderados. Aplicados diretamente na pele, ajudam a reduzir a inflamação, a coceira e a descamação:

  • Corticosteroides: Reduzem a inflamação e a proliferação celular. Disponíveis em diferentes potências.
  • Análogos da Vitamina D: Como o calcipotriol, diminuem a velocidade de crescimento das células da pele.
  • Retinoides Tópicos: Derivados da vitamina A, normalizam o crescimento das células da pele.
  • Inibidores de Calcineurina: Podem ser usados em áreas sensíveis, como o rosto e dobras, onde os corticosteroides de alta potência são evitados.
  • Ácido Salicílico: Ajuda a remover as escamas, preparando a pele para outros tratamentos.
  • Hidratantes e Emolientes: Essenciais para manter a pele hidratada, reduzir a coceira e o ressecamento, complementando o tratamento principal.

Fototerapia

Consiste na exposição controlada da pele à luz ultravioleta (UV), sob supervisão médica. A luz UV, em doses controladas, ajuda a diminuir a proliferação das células da pele e a inflamação. Os tipos mais comuns são:

  • UVB de banda estreita (NB-UVB): É o tipo mais comum e seguro, pois atinge as camadas mais superficiais da pele.
  • PUVA (psoraleno + UVA): Combina um medicamento fotossensibilizante (psoraleno) com a exposição à luz UVA. Mais potente, mas com mais riscos, exigindo acompanhamento rigoroso.

Medicamentos Sistêmicos (Orais e Injetáveis)

Indicados para casos de psoríase moderada a grave, ou quando os tratamentos tópicos e a fototerapia não são eficazes. Atuam em todo o corpo:

  • Metotrexato: Reduz a proliferação celular e a inflamação.
  • Ciclosporina: Um imunossupressor potente, usado em casos graves.
  • Acitretina: Um retinoide oral, eficaz em psoríase pustulosa e eritrodérmica.
  • Apremilaste: Um inibidor de fosfodiesterase 4 (PDE4), atua regulando a resposta inflamatória.
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Psoríase tem cura? Mitos e verdades sobre a doença

Uma das perguntas mais frequentes para quem convive com a condição é se a psoríase tem cura. A verdade é que, infelizmente, a psoríase é uma doença crônica, o que significa que não existe uma cura definitiva. No entanto, é plenamente possível controlar seus sintomas, alcançar longos períodos de remissão (quando as lesões desaparecem ou diminuem muito) e ter uma vida plena e com qualidade.

É importante desmistificar algumas crenças comuns:

  • Mito: A psoríase é contagiosa.
  • Verdade: Como já mencionado, a psoríase não é contagiosa. Ela não pode ser transmitida de uma pessoa para outra pelo toque, compartilhamento de objetos ou qualquer outra forma de contato.
  • Mito: Psoríase é causada por falta de higiene.
  • Verdade: A psoríase é uma doença autoimune e não tem relação com a higiene pessoal. Pessoas com psoríase podem ter uma rotina de higiene impecável.
  • Mito: A psoríase é apenas um problema estético.
  • Verdade: Embora as lesões sejam visíveis e possam afetar a autoestima, a psoríase é uma doença séria que envolve inflamação sistêmica. Ela pode estar associada a outras condições de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. A artrite psoriática, por exemplo, afeta as articulações e pode causar incapacidade se não tratada.

O foco do manejo da psoríase é o controle da doença a longo prazo, buscando remissão dos sintomas e prevenção de suas complicações, sempre com acompanhamento médico.

Manejo da Psoríase no dia a dia: dicas para uma vida com mais bem-estar

Viver com psoríase requer mais do que apenas tratamento médico; envolve uma série de cuidados diários que podem fazer uma grande diferença no controle dos sintomas e na sua qualidade de vida. O manejo da psoríase no cotidiano foca em hidratação, identificação de gatilhos e adoção de hábitos saudáveis:

  • Hidrate sua pele regularmente: Use cremes emolientes e hidratantes sem perfume, especialmente após o banho. Isso ajuda a manter a barreira da pele, reduzir o ressecamento, a descamação e a coceira da psoríase. Além desse cuidado tópico, lembre-se que a hidratação interna é fundamental, confira os benefícios do consumo diário de água.”
  • Evite banhos muito quentes e longos: A água muito quente pode ressecar a pele. Prefira banhos mornos e curtos, usando sabonetes suaves e hidratantes.
  • Gerencie o estresse: A relação entre psoríase e estresse é bem documentada. Práticas como meditação, yoga, exercícios físicos leves e hobbies relaxantes podem ajudar a diminuir os níveis de estresse e, consequentemente, reduzir a frequência e intensidade dos surtos.
  • Mantenha uma alimentação equilibrada: Embora não haja uma dieta específica para psoríase, uma alimentação rica em frutas, vegetais, grãos integrais e ômega-3 pode ajudar a reduzir a inflamação geral no corpo.
  • Exponha-se ao sol com moderação: A luz solar natural pode ser benéfica para algumas pessoas com psoríase, mas a exposição deve ser controlada e sempre com proteção solar adequada nas áreas não afetadas e após orientação médica. Queimaduras solares podem piorar a condição.
  • Use roupas leves e de algodão: Roupas apertadas ou de tecidos sintéticos podem irritar a pele. Prefira roupas soltas e de fibras naturais que permitam que a pele respire.

Essas dicas, aliadas ao acompanhamento profissional, são pilares essenciais para conviver bem com a psoríase e ter uma vida com mais conforto e bem-estar.

Psoríase e saúde mental: a importância do apoio psicológico

A psoríase não afeta apenas a pele; ela tem um impacto profundo na saúde mental e emocional dos pacientes. As lesões visíveis podem gerar constrangimento, afetar a autoestima e a imagem corporal, levando a sentimentos de vergonha, ansiedade e depressão. A relação entre psoríase e estresse é um ciclo vicioso: o estresse pode desencadear ou piorar os surtos, e os surtos, por sua vez, aumentam o estresse e a ansiedade.

O apoio psicológico é um componente vital no manejo da psoríase. Um psicólogo pode ajudar a:

  • Desenvolver estratégias para lidar com o estresse e a ansiedade.
  • Melhorar a autoestima e a imagem corporal.
  • Enfrentar o estigma e a discriminação.
  • Lidar com sentimentos de raiva, frustração ou tristeza.
  • Melhorar a comunicação com familiares, amigos e parceiros.

Além da terapia individual, grupos de apoio a pacientes com psoríase podem ser uma excelente forma de compartilhar experiências, sentir-se compreendido e aprender com quem passa por desafios semelhantes. Conversar abertamente com o dermatologista sobre o impacto emocional da doença também é crucial, pois ele pode encaminhar para profissionais de saúde mental e oferecer uma abordagem mais completa para o seu bem-estar.

Fonte de apoio e informações adicionais: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Compreender a psoríase e suas múltiplas facetas é o primeiro passo para um manejo eficaz e para uma vida com mais qualidade. Saber que existem diversos tipos de psoríase, que os sintomas de psoríase podem ser controlados e que o tratamento para psoríase está em constante evolução, traz esperança e possibilidades. Lembre-se, a psoríase não define quem você é, e com o suporte adequado, é possível viver bem com a condição. Se você identificou sintomas ou busca um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, agende sua consulta com um dermatologista na Clínica SiM. Nossos especialistas estão prontos para oferecer o cuidado e a atenção que você merece.