Câncer de Pele: Sinais, Causas, Tratamento e Prevenção26 de setembro 2025
Imagem

O câncer de pele é um dos tipos de câncer mais comuns em todo o mundo. No Brasil, ele é o mais frequente, correspondendo a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Apesar da alta incidência, ele também é um dos mais passíveis de prevenção e cura, especialmente quando detectado precocemente. Entender seus sinais, suas causas e as opções de tratamento é fundamental para proteger a sua saúde e a da sua família. Este guia completo foi criado para oferecer informações claras e acolhedoras, ajudando você a compreender melhor essa condição e a tomar as melhores decisões para cuidar da sua pele.

O que é Câncer de Pele?

O câncer de pele é uma doença que surge quando as células da pele crescem de forma descontrolada. Ele pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas é mais comum em áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e pernas. Embora a palavra “câncer” possa assustar, é importante saber que a maioria dos casos de câncer de pele tem um bom prognóstico, especialmente quando identificados em estágios iniciais.

Existem diferentes tipos de câncer de pele, e cada um apresenta características e comportamentos distintos. Conhecê-los é o primeiro passo para a prevenção e o diagnóstico correto.

Quais os Tipos de Câncer de Pele?

Os principais tipos de câncer de pele são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Embora todos sejam importantes, o melanoma é o tipo mais agressivo e requer atenção redobrada.

Carcinoma Basocelular (CBC)

Este é o tipo mais frequente de câncer de pele, representando cerca de 80% dos casos. Ele surge nas células basais, localizadas na camada mais profunda da epiderme (a camada externa da pele).

  • Características: Geralmente cresce devagar e raramente se espalha para outras partes do corpo (metástase). É mais comum em áreas expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço e couro cabeludo.
  • Aparência: Pode surgir como uma ferida que não cicatriza, uma elevação perolada ou translúcida, uma mancha avermelhada, ou uma lesão que sangra facilmente. Muitos parecem pintas ou espinhas persistentes. É importante diferenciar de uma acne comum, pois enquanto a acne é uma inflamação, o CBC é um crescimento celular que não desaparece..
  • Gravidade: Considerado de baixo risco, mas se não tratado, pode crescer localmente e causar destruição de tecidos próximos.

Carcinoma Espinocelular (CEC)

É o segundo tipo mais comum, representando cerca de 15% dos casos. Ele se origina nas células escamosas, que formam a maior parte da camada superior da pele.

  • Características: Também é mais comum em áreas expostas ao sol, mas pode aparecer em lábios, boca e genitais. Tem um risco maior de metástase do que o CBC, embora ainda seja relativamente baixo se tratado cedo.
  • Aparência: Pode se manifestar como uma protuberância avermelhada e escamosa, uma ferida aberta que não cicatriza, uma crosta que sangra ou uma lesão parecida com verruga.
  • Gravidade: Um pouco mais agressivo que o basocelular, é importante diagnosticá-lo e tratá-lo rapidamente para evitar que se espalhe.

Melanoma

Embora seja o tipo menos comum (cerca de 5% dos casos), o melanoma é o mais perigoso e potencialmente fatal, devido à sua alta capacidade de se espalhar rapidamente para outros órgãos se não for diagnosticado e tratado precocemente. Ele se desenvolve a partir dos melanócitos, as células que produzem melanina, o pigmento que dá cor à pele.

  • Características: Pode surgir de uma pinta já existente que muda de aspecto ou como uma nova lesão na pele.
  • Aparência: As pintas suspeitas de melanoma costumam apresentar características incomuns, que podem ser identificadas pela Regra ABCDE.
  • Gravidade: É o mais agressivo, mas a boa notícia é que, quando detectado em fase inicial, as chances de cura são muito altas.

Causas e Fatores de Risco do Câncer de Pele

A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva e desprotegida à radiação ultravioleta (UV), seja do sol ou de câmaras de bronzeamento artificial. Essa radiação causa danos ao DNA das células da pele, o que pode levar ao seu crescimento descontrolado.

Além da exposição UV, outros fatores podem aumentar o risco de desenvolver a doença:

  • Pele clara: Pessoas com pele, olhos e cabelos claros têm menos melanina e, portanto, menos proteção natural contra a radiação UV.
  • Queimaduras solares graves: Histórico de queimaduras solares, especialmente na infância ou adolescência, aumenta significativamente o risco.
  • Exposição crônica ao sol: Pessoas que trabalham ou passam muito tempo ao ar livre, como agricultores e surfistas, têm maior risco.
  • Histórico familiar: Se alguém na sua família teve câncer de pele, seu risco pode ser maior.
  • Número elevado de pintas: Ter muitas pintas (mais de 50) ou pintas atípicas (displásicas) pode ser um fator de risco para o melanoma.
  • Sistema imunológico enfraquecido: Pessoas com doenças autoimunes ou que usam medicamentos imunossupressores têm maior risco.
  • Idade avançada: O acúmulo de danos solares ao longo da vida contribui para o desenvolvimento da doença em idades mais avançadas.

Sinais e Sintomas: A Regra ABCDE para o Autoexame

Reconhecer os sinais de câncer de pele é fundamental para o diagnóstico precoce e um tratamento bem-sucedido. O autoexame da pele regular, que pode ser feito em casa, é uma ferramenta poderosa. Para ajudar a identificar pintas suspeitas ou lesões de pele perigosas, existe a “Regra ABCDE”, especialmente útil para identificar o melanoma.

Veja o que cada letra significa:

Para o autoexame de pele, observe todas as pintas, manchas e lesões do seu corpo, incluindo áreas menos expostas ao sol, como couro cabeludo, palma das mãos, planta dos pés e unhas. Use um espelho para as costas e nuca, e peça ajuda se necessário.

Se você notar qualquer uma dessas características em uma pinta ou mancha, ou qualquer lesão que não cicatriza, é um sinal de alerta e você deve procurar um dermatologista o mais rápido possível.

A – Assimetria:

Imagine uma linha dividindo a pinta ao meio. Se as duas metades não forem iguais (uma é diferente da outra em formato ou tamanho), isso pode ser um sinal de alerta. Uma pinta comum geralmente é simétrica.

B – Bordas

Observe os contornos da pinta. Bordas irregulares, serrilhadas, com reentrâncias ou que se espalham para a pele ao redor, em vez de serem lisas e definidas, são um indicativo de suspeita.

C – Cor

Uma pinta benigna tende a ter uma cor uniforme. Se a pinta apresentar duas ou mais cores diferentes (como tons de marrom, preto, vermelho, azul, branco ou cinza), isso é um sinal preocupante.

D – Diâmetro

Melanomas tendem a ser maiores que 6 milímetros de diâmetro (aproximadamente o tamanho da ponta de um lápis ou de uma borracha). No entanto, lesões menores também podem ser malignas, por isso, não desconsidere uma pinta suspeita só porque ela é pequena.

E – Evolução

Este é um dos critérios mais importantes. A pinta está mudando? Ela cresceu, alterou de cor, coçou, sangrou, ficou saliente ou teve qualquer outra mudança perceptível em um curto período? Qualquer evolução ou mudança rápida em uma lesão de pele é um sinal de alerta para buscar avaliação médica.

Como é feito o Diagnóstico do Câncer de Pele?

O diagnóstico de câncer de pele começa com uma avaliação cuidadosa feita por um médico dermatologista. Ele examinará sua pele, buscando por qualquer pinta suspeita ou lesão que se encaixe nos critérios da Regra ABCDE, ou outras características incomuns.

Durante a consulta, o dermatologista pode utilizar um aparelho chamado dermatoscópio. Este instrumento permite visualizar as estruturas da pele em maior detalhe, ajudando a diferenciar lesões benignas de malignas sem a necessidade de procedimentos invasivos iniciais.

Se houver suspeita de câncer, o próximo passo é a biópsia de pele. A biópsia é um procedimento simples no qual uma pequena amostra da lesão é removida (geralmente com anestesia local) e enviada para análise em laboratório. É a biópsia que confirmará se a lesão é cancerosa, qual o seu tipo e em que estágio ela se encontra. Somente após a biópsia é possível determinar o tratamento mais adequado.

Lembre-se: o diagnóstico precoce é a chave para o sucesso do tratamento câncer de pele e para aumentar significativamente as chances de cura.

Opções de Tratamento para Câncer de Pele

O tratamento do câncer de pele varia dependendo do tipo da doença (basocelular, espinocelular ou melanoma), do estágio em que se encontra, da localização da lesão e da saúde geral do paciente. A escolha do método ideal é sempre feita pelo dermatologista ou oncologista, em conjunto com o paciente, buscando a abordagem mais eficaz para cada caso.

Cirurgia (Exérese de Lesão)

É o tratamento mais comum para a maioria dos tipos de câncer de pele, especialmente para o carcinoma basocelular e espinocelular em estágios iniciais, e para o melanoma. O procedimento consiste na remoção cirúrgica da lesão cancerosa, juntamente com uma margem de tecido saudável ao redor para garantir que todas as células malignas sejam eliminadas. A cirurgia é frequentemente curativa nesses casos.

Outras Abordagens Terapêuticas

  • Criocirurgia: Utiliza nitrogênio líquido para congelar e destruir as células cancerosas. É indicada para alguns tipos de câncer de pele superficial.
  • Curetagem e Eletrocauterização: A lesão é raspada com um instrumento cirúrgico (cureta) e, em seguida, a área é cauterizada com calor para destruir células remanescentes e controlar o sangramento.
  • Terapia Fotodinâmica (TFD): Uma substância fotossensibilizante é aplicada na pele e, após um tempo, a área é exposta a uma luz especial que ativa a substância, destruindo as células cancerosas.
  • Radioterapia: Usa radiação de alta energia para destruir as células cancerosas. Pode ser uma opção para cânceres de pele que não podem ser removidos cirurgicamente ou em áreas de difícil acesso.
  • Quimioterapia Tópica: Cremes ou loções com medicamentos quimioterápicos são aplicados diretamente na pele para tratar cânceres superficiais.
  • Quimioterapia Sistêmica, Imunoterapia e Terapia-Alvo: Em casos mais avançados, especialmente de melanoma metastático, podem ser utilizados medicamentos que agem em todo o corpo para combater as células cancerosas, estimular o sistema imunológico ou bloquear vias específicas de crescimento tumoral.

É fundamental que o tratamento seja acompanhado por profissionais experientes para garantir a melhor recuperação e qualidade de vida possível.

Prevenção: Mantenha sua Pele Protegida

A prevenção do câncer de pele é a melhor estratégia, e felizmente, a maioria dos casos pode ser evitada com medidas simples. A proteção contra a radiação UV é o pilar principal:

  • Proteja-se do sol: Evite a exposição solar intensa entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais fortes.
  • Use protetor solar diariamente: Aplique um protetor solar com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior em todas as áreas expostas da pele, mesmo em dias nublados. Reaplique a cada duas horas, ou após nadar ou suar excessivamente.
  • Atenção redobrada para peles sensíveis: Pessoas com condições que afetam a pigmentação, como o vitiligo, devem ter um cuidado ainda mais rigoroso, pois as áreas sem melanina são indefesas contra a radiação UV.
  • Invista em roupas e acessórios de proteção: Use chapéus de aba larga, óculos de sol com proteção UV e roupas que cubram braços e pernas. Existem também roupas com proteção UV.
  • Evite câmaras de bronzeamento artificial: Elas emitem radiação UV que comprovadamente aumenta o risco de câncer de pele.
  • Faça o autoexame de pele regularmente: Crie o hábito de examinar sua pele mensalmente, procurando por novas pintas, manchas ou qualquer alteração em lesões já existentes. Lembre-se da Regra ABCDE.
  • Consulte um dermatologista: Faça check-ups anuais com um dermatologista, especialmente se você tiver fatores de risco ou histórico familiar de câncer de pele. O médico poderá identificar lesões suspeitas que você talvez não perceba.

Adotar esses hábitos pode reduzir drasticamente o risco de desenvolver câncer de pele e ajudar na detecção precoce de quaisquer lesões de pele perigosas.

Clínica SiM RioMar – Recife
Local de atendimento: Av. República do Líbano, 251 – Acesso pelo elevador ao lado da C&A

Fale conosco e agende sua consulta
Clínica SiM Maraponga – Fortaleza
Local de atendimento: Avenida Godofredo Maciel, 2540 Loja 03 – Maraponga – No Mall do Frangolândia e Greenlife

Fale conosco e agende sua consulta

Quando devo procurar um dermatologista?

É importante estar atento aos sinais que sua pele apresenta. Procure um médico dermatologista se você notar qualquer uma das seguintes situações:

  • Uma pinta que mudou de tamanho, forma ou cor.
  • Uma lesão na pele que coça, dói, sangra ou apresenta crostas.
  • Uma ferida que não cicatriza em quatro semanas.
  • Uma pinta que se encaixa em qualquer um dos critérios da Regra ABCDE (Assimetria, Bordas irregulares, Várias Cores, Diâmetro maior que 6mm, Evolução).
  • Qualquer nova mancha ou pinta que surja e que te cause preocupação.

Mesmo que você não identifique nenhum desses sinais, é altamente recomendável fazer consultas regulares com um dermatologista para um check-up preventivo, especialmente se você possui fatores de risco. O olhar especializado do profissional é essencial para o diagnóstico câncer de pele e para a sua tranquilidade.

Cuidar da sua pele é um ato de amor e prevenção. Não hesite em buscar orientação médica ao menor sinal de preocupação. Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no sucesso do tratamento e na sua qualidade de vida. Agende sua consulta com um dermatologista de confiança para uma avaliação completa e cuide da saúde da sua pele.