
Neste Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, entenda por que essa condição é uma doença e como buscar tratamento de forma segura.
Resumo:
A cena é comum: você sobe na balança e o número parece não corresponder à sua percepção. Ou talvez as roupas estejam mais apertadas, e atividades simples, como subir um lance de escadas, exijam mais fôlego que antes. Esses sinais, muitas vezes ignorados na correria do dia a dia, podem indicar que o sobrepeso está evoluindo para um quadro de obesidade, uma condição de saúde séria e que merece atenção.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal a ponto de comprometer a saúde. Ela não é simplesmente uma questão estética, mas sim um problema de saúde pública global com consequências significativas para o bem-estar físico e mental do indivíduo.
O principal método utilizado para diagnosticar a obesidade em adultos é o Índice de Massa Corporal (IMC). O cálculo é simples: divide-se o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. O resultado indica em qual faixa de peso a pessoa se encontra.
É importante notar que a obesidade, mesmo quando parece “clinicamente saudável” em um primeiro momento, é um estado temporário que pode evoluir para problemas de saúde graves, especialmente em crianças e adolescentes.
Tanto o sobrepeso quanto a obesidade indicam um peso acima do considerado saudável para uma determinada altura, mas a diferença está na intensidade. O IMC é a ferramenta que estabelece essa fronteira. Vale dizer que, embora seja um indicador útil, o IMC não avalia a composição corporal, como a quantidade de massa muscular e gordura. Por isso, uma avaliação médica completa é fundamental.
| Classificação | IMC (kg/m²) |
|---|---|
| Abaixo do peso | Menor que 18,5 |
| Peso normal | 18,5 – 24,9 |
| Sobrepeso | 25,0 – 29,9 |
| Obesidade Grau I | 30,0 – 34,9 |
| Obesidade Grau II | 35,0 – 39,9 |
| Obesidade Grau III | Maior que 40,0 |
A obesidade foi oficialmente classificada como doença pela OMS por ser um fator de risco para o desenvolvimento de muitas outras condições crônicas. O excesso de tecido adiposo, especialmente na região abdominal, não é inerte; ele produz substâncias inflamatórias que afetam o corpo todo, sobrecarregando órgãos e sistemas.
Ela é uma condição complexa e progressiva, que por si só, já prejudica a saúde e aumenta o risco de mortalidade e diversas complicações. Assim, a condição aumenta significativamente a probabilidade de uma pessoa desenvolver problemas graves de saúde, reduzindo a qualidade e a expectativa de vida. Tratá-la é uma medida essencial de cuidado com a saúde a longo prazo.
A obesidade é uma doença multifatorial, ou seja, resulta da interação complexa de diversos elementos. Reduzi-la apenas à “falta de força de vontade” é um equívoco que desconsidera a ciência por trás da condição.
O acúmulo excessivo de gordura corporal atua como um gatilho para diversas doenças. A lista de complicações associadas à obesidade é extensa e impacta praticamente todos os sistemas do corpo.
As principais condições de risco incluem:
A obesidade é uma doença grave que contribui diretamente para o aumento da pressão arterial, conhecida como hipertensão. A hipertensão, por sua vez, é reconhecida como a principal causa de diversas doenças cardiovasculares e renais, ressaltando a interconexão dessas condições.
O primeiro passo é reconhecer a obesidade como uma doença que precisa de tratamento profissional. Dietas restritivas e soluções milagrosas encontradas na internet podem ser perigosas e gerar o temido “efeito sanfona”. O caminho seguro e eficaz envolve uma abordagem multidisciplinar.
O tratamento da obesidade é mais eficaz quando coordenado por uma equipe de saúde. O médico, geralmente um endocrinologista ou clínico geral, investiga as causas e as comorbidades. O nutricionista elabora um plano alimentar individualizado e sustentável. O educador físico orienta a prática de exercícios seguros, e o psicólogo ajuda a lidar com as questões emocionais envolvidas.
Mudar hábitos alimentares não significa passar fome. Comece com pequenas trocas possíveis no seu dia a dia.
Medicamentos injetáveis, popularmente conhecidos como “canetas emagrecedoras”, tornaram-se populares. Eles agem em receptores hormonais que controlam a saciedade e o esvaziamento do estômago, auxiliando na perda de peso. É crucial entender que o tratamento da obesidade com esses medicamentos modernos exige sempre a combinação com mudanças no estilo de vida e acompanhamento profissional para garantir tanto a segurança quanto a eficácia. No entanto, seu uso sem prescrição e acompanhamento médico é extremamente perigoso.
A automedicação expõe o paciente a riscos como:
Portanto, esses medicamentos só devem ser utilizados sob estrita indicação e supervisão de um médico especialista, que avaliará se os benefícios superam os riscos para cada caso específico.
O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade serve como um lembrete de que a adoção de hábitos saudáveis desde a infância é a estratégia mais eficiente. A obesidade é uma doença séria e crônica que pode se manifestar já na primeira infância. Essa manifestação precoce aumenta o risco de complicações graves na vida adulta. Uma dieta equilibrada e a prática regular de atividade física são os pilares para manter um peso saudável e evitar as complicações associadas ao excesso de gordura corporal.
Se você se identifica com os sinais de sobrepeso ou obesidade, não hesite. Buscar ajuda profissional é um ato de cuidado com a sua saúde. Um diagnóstico correto e um plano de tratamento individualizado são fundamentais para uma jornada de perda de peso segura e duradoura.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui avaliação médica. Em caso de dúvidas, procure um especialista habilitado.

Navegar por informações de saúde online pode ser desafiador, especialmente quando nos deparamos com termos como ferritina alta . Se você

O potássio baixo no sangue compromete o funcionamento de órgãos vitais. A condição afeta os músculos, nervos e o ritmo

O colesterol VLDL elevado pode indicar riscos para a saúde cardiovascular. Apesar de menos conhecido que o LDL e o

Neste guia, vamos abordar o que é doença autoimune, como afeta o organismo e quais são os tipos mais comuns .